domingo, 4 de maio de 2014

Ney Neto - Perfil

NEY NETO - PERFIL
Músico & Executivo

Ney Neto, no evento LAMEC 2013

Baixista, estudou em algumas das maiores escolas de música do Brasil, como EM&T, Souza Lima e ULM. Teve o privilégio de estudar com Celso Pixinga, seu ídolo de infância. Teve aulas também com Nilton Wood , no Instituto de Baixo e Tecnologia (IB&T) e estudou baixo acústico com Gilberto de Syllos, no Conservatório Souza Lima, onde frequentou ainda as classes de leitura musical com o baixista Ximba Uchyama. Na ULM, teve aulas com Itamar Collaço e Marcus Teixeira, além de participar de práticas de conjunto conduzidas por Gerson Frutuoso, Roberto Sión e Nailor Proveta, no SESC Vila Mariana. Nos Estados Unidos, teve a experiência de estudar na Berklee College of Music, em Boston, onde teve aulas com Tom Appleman, Bruce Gertz, Dani Morris, e principalmente Jim Stinnett, com quem atualmente desenvolve um projeto internacional ao lado de Celso Pixinga.  O projeto em parceria com a Stinnett Music promove o intercâmbio cultural e a troca de conhecimentos entre baixistas do mundo todo, unindo a comunidade do baixo em encontros como o New Hampshire Bass Festival,  o projeto educacional Bass Workout, ou nas edições do Pixinga Bass Fesival, que ocorre em diversas cidades do Brasil desde 2002. Cada edição do festival oferece oportunidades de educação musical, desenvolvimento de carreira e relacionamentos internacionais.

“Uma das minhas maiores realizações como músico é tocar ao lado do Pixinga, meu ídolo de infância. Em 95, eu ganhei o álbum Wake Up  com o autógrafo do Pixinga, depois de um show da PX Band no Festival Madalena Jazz&Blues. Virei um fã, tirei várias coisas daquele disco. E hoje o Pixinga é como se fosse um segundo pai pra mim. Meu amigo, uma grande inspiração, e toca muito, o slap mais mortal que já vi, porque é imprevisível.” Ney Neto


Ney Neto é diretor negócios e inovação da MCI Group no Brasil. A MCI é uma empresa suíça com sede em Genebra que possui escritórios em mais de trinta países, sendo a agência líder global em comunicação e organização de eventos, com clientes como a ONU, FIFA, Burger King, Microsoft, Facebook, Novartis, Symantec, entre outros.

MCI apoia causas de responsabilidade social e sustentabilidade, além de projetos culturais que tragam benefícios para comunidades, saiba mais em www.mcisustainability.com e http://lessconversationmoreaction.com/

Ney foi convidado a fazer parte da diretoria do capítulo brasileiro da associação MPI (Meeting Professional International). Desde 2013, atua como voluntário do MPI Brazil Chapter, onde tem trabalhado para que a música ao vivo esteja cada dia mais presente nos eventos corporativos, profissionalizando o mercado e lutando pela valorização da cultura no ambiente MICE. 
O MPI é uma associação com presença global, para profissionais da indústria de eventos, que conta com mais de 90 mil associados e acredita no poder dos eventos e das conexões humanas para alcançar objetivos organizacionais.  Saiba mais em http://www.mpiweb.org/Home


Ney começou tocar baixo no início dos anos 90, e já passeou por diversos gêneros musicais.
“Comecei minha carreira muito moleque, com 14 anos tocava com meu primo numa banda de metal que fazia cover de Iron, Metallica, Dream Theater e Jimmy Hendrix. Aos 16 anos já estava tocando em barzinhos na Vila Madalena com os melhores amigos. Depois fui tocar na Nova Geração, que era uma banda de baile grande. Era show à beça e com uma rapaziada da pesada, uns bateras grooveiros, muitas viagens e muita estrada. Aquela banda fez side pra diversos cantores em eventos, como a Wanderléia, Simony, Carla Visi, Gian e Giovanni, e ainda diversos grupos de pagode que estavam no auge na época. Quando você toca em banda de baile tem que tocar diversos estilos, à noite inteira, você aprende a segurar a onda, tem que groovar pra segurar a pista.” Ney Neto



Apesar da diversidade musical de seu trabalho como side-man e músico de estúdio, sua maior identificação sempre foi com a música brasileira, de Chico Buarque, Milton Nascimento, dos tropicalistas e dos bossa-novistas. Dessa preferência vieram fortes influências musicais, dos baixistas que acompanhavam seus artistas favoritos, como Arthur Maia e Marcelo Mariano com Djavan, Luizão Maia com Elis Regina, Nico Assunção com João Bosco, e Jorge Helder com o Chico.






Mas após o encontro com Pixinga e de ter sido apresentado ao jazz pelo baixista Geraldinho Vieira, a música instrumental tornou-se uma paixão e um objeto de estudo.  Foi quando descobriu o som de Jaco Pastorius, Stanley Clarke, John Patittucci, Jeff Andrews, entre  outros. A música instrumental tornou-se uma paixão, principalmente o fusion de gigs como Eletric Band, Return to Forever, Vital Information.

Produziu diversas gravações de música instrumental, no âmbito do smooth jazz, tocando e gravando com músicos de diversos países.  Para destacar alguns trabalhos do baixista, certamente deixando de mencionar alguns artistas com quem Ney já trabalhou, algumas experiências musicais marcantes foram ao lado de Michael Manring, Jeff Andrews, Jim Stinnett, Todd Johnson, Rufus Reid, Grant Stinnett, Sunder Panatella, os guitarristas americanos Mike Stern, Everett Pendleton, o austríaco Martin Schaberl, o argentino Ale Demogli, e o espanhol Ricardo Ascanni, além dos bateristas Thomas Arey, Antonio Sanchez, Dom Moio, Dave DiCenso, e o saxofonista Mike Tucker.








com Mike Stern, que gravou participação especial no projeto Putting Together. 


No Brasil, Ney tocou e gravou ao lado de seus “parceiros de estrada” Celso Pixinga, Thiago Espírito Santo, Ebinho Cardoso, Sergio Groove, além de participações ao lado de Sandro Haick, Gabriel Grossi, Walmir Gil, Lis de Carvalho, Marquinhos da Luz, o proeminente guitarrista Dney Bitencourt , e diversos outros grandes músicos. 

“São muitos projetos. Sou afortunado por ter tocado com alguns de meus maiores ídolos, o que mais alguém pode desejar? Não gosto de fazer listas porque a gente sempre se esquece de mencionar algum trabalho legal, e de dizer o nome de alguém,  mas posso dizer que, como baixista, uma das experiências mais legais foi tocar com alguns bateras top do planeta, o groove faz toda a diferença.”




Além da produção de festivais, shows e gravinas, atualmente Ney tem se dedicado ao desenvolvimento de projetos de educação musical digital, realizando um sonho antigo de poder colaborar com a educação, proporcionando acesso ao ensino musical a todos.
Uma vez ao ano, Ney viaja aos Estados Unidos para apresentar-se e lecionar durante os festivais de baixo, em junho, além de realizar workshops e palestras no Brasil e no exterior sobre o poder da música no desenvolvimento de pessoas.  Ney sempre esteve envolvido na produção de conteúdo dentro do universo do contrabaixo. Foi um dos fundadores da Revista Baixo Brasil, colaborador do portal www.baixista.com.br, e atualmente faz parte da equipe editorial da nova Cover Baixo, e trabalha ao lado de Deivid Miranda no projeto www.livrosmusicais.com.br , iniciando o braço digital da DPX Editorial. 



“Eu sou um executivo da música, e um músico executivo. Sempre lidei com as duas facetas: Música & Eventos, desde garoto. Muita gente me pergunta como faço para conciliar tantas coisas: o business, o estudo, os festivais e shows, as produções, as viagens, ser pai. Bem, como eu amo muito aquilo  que faço já não vejo diferença entre o trabalho e lazer. Só faço o que eu quero, só faço o que gosto. Quando estou a 5.000 quilômetros de casa para tocar ou dar aula, ou então participar de algum evento, conferência, na realidade estou fazendo aquilo que gosto, e sempre ao lado de amigos. Então não tem diferença se estou a turismo, tocando ou dando palestras. Em um momento estou fazendo algo que amo, e no próximo estou fazendo outra coisa, que também me dá muita satisfação. Faço todas as coisas com muita entrega, muita paixão. Como diz o Djavan: Vou andar, voar, pra ver o mundo, nem que eu bebesse o mar, encheria o que eu tenho de fundo.” Ney Neto


Continue navegando no flipboard neyneto.com.br e conheça muitos trabalhos de Ney Neto.




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Can you think about musicians as speakers for your next event?

Ok! So today I´m gonna write in English ...

Martin is a marketing director of a big company in the moving fast consumer goods sector.
He reach to my office to say that his company wants to activate people by triggering their emotions and do more  business. I immediately think: "that´s cool!"

I say: You know, for me, the best way to touch people is through music. If you want to do it with meditation, painting, exotic experiences, health and welness, or wathever, you MUST HAVE music during these other activities. Just because music connect people's thoughts and feelings. And this is where the power of activation lives, when thoughts and feelings are tied. In today´s world, is not about who attend events, is about who engages.

In this hyper connected world I assure you there are people doing yoga sessions while thinking about budgets and reports and there are also a lot of people trying to focus their minds in some task but their feelings are drainning their energy and so the results are not the same at all.
Here is a tip for you: When planning your next event, think about finding a good balance for the participants to spend their energy during the day: physical, emotional, mental and spiritual. Achieving this balance the return of your investment will be much better.

Back to the story, Martin like my point and we agree that we´ll put all their invitees into a music festival scenario that will bring content, education, networking, and of course business, all the outcomes that a marketing director can expect from an event.
Instead of inviting them to a corporate meeting and hire some musicians and DJ´s to play in certain momments we decide to do the other way around. Let´s change the environment and bring business people together to this entertainment arena. And we are confident that the impact will be much bigger, specially when Sting shot his beautiful speech about Musicians and creativity. Powerful stuff! And way more engaging than another boring 45 minutes speech, so usual in corporate events.

Can you imagine this?
If you are a marketing director and you have an employee working on your your Creativity department who brings innovative ideas and campaigns as much as Sting composes new beautiful melodies and tunes year by year?

The magic will happen when Sting start playing Feels of Gold for the audience. They will never forget it. And Martin will get a promotion.

(names were changed to protect data)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

It´s Brazilian Music, baby.

O Brasil é um dos principais exportadores de café, carne, milho, laranja, e também de música e músicos de altíssima qualidade. O legado de Tom Jobim, Luiz Gonzaga e Milton Nascimento continua vivo e encontra, nessa nova safra de excelentes instrumentistas brasileiros, seus maiores militantes.

Somente um país com tantos contrastes, miscigenações, diversidade, e tamanha musicalidade em suas veias, seria capaz de gerar tantos talentos, tantos filhos de quem se orgulhar.
São artistas raros, são filhos de uma pátria mãe nem sempre tão gentil, que se levantam todos os dias com a esperança de chegar lá. De mostrar ao mundo do que o Brasil é capaz, de vestir verde amarelo no palco e, sorrindo, dizer: "It´s Brazilian Music, baby!"

No anfiteatro, sob o céu de estrelas
Um concerto eu imagino
Onde, num relance, o tempo alcance a glória
E o artista, o infinito
(Chico Buarque de Holanda)

Artistas que enchem uma nação de orgulho, nossos instrumentistas impressionam até mesmo alguns dos músicos mais incríveis do mundo. São guitarristas, baixistas, ritmistas e outros músicos, todos de categoria internacional. Eles estão acompanhando, produzindo e gravando com artistas consagrados, de todos os gêneros, mas além de "emprestar" sua musicalidade para artistas de grande vendagem, são grandes solistas, e acima de tudo, grandes compositores.

Na internet, em algumas lojas virtuais, e mais raramente em prateleiras de lojas de disco, você pode encontrar alguns dos maiores músicos do planeta, a maior parte das vezes na sessão de música instrumental, ou se preferir chamar de outro jeito: "underground".

A revolução digital e o despertar de algumas empresas e entidades para a necessidade de abrir portas de divulgação e apoio para essa riqueza cultural, patrimônio da nação, está permitindo que a música brasileira de qualidade volte a crescer e, novamente, influencie o mundo.
Mas os desafios ainda são vários: o Brasil é um país muito grande, não existe um sistema formal de ensino musical que favoreça o mapeamento de talentos, e as iniciativas privadas, quase sempre incentivadas, não são suficientes. "Same old, same old", há tantos projetos bons, mas a triste realidade é que apenas 4% dos projetos de incentivo aprovados são efetivamente captados.

Quanto mais empresas perceberem que o investimento em cultura não deve provir somente de fundos de incentivo e redução de impostos, mas sim de verba direta de marketing institucional, mais projetos serão implementados, em uma poderosa combinação entre corporações, sociedade e governos. Afinal, praticar responsabilidade social investindo o dinheiro que seria destinado a impostos em cultura traz uma conotação Hobin Hood, mas poucas empresas tem coragem de aplicar um percentual de suas margens de lucro em projetos culturais e sociais. As que fazem, essas sim, merecem o "awareness" que estão buscando com a ação, e mais, aplausos.

Quer um exemplo?
Uma grande cervejaria investiu mais de R$ 20 milhões em patrocínio de um grande festival de rock. Fez ativação direta com o público, vendeu mais de 1 milhão de copos e 500 mil litros de chopp, (alguns para mim). Um estudo da Millward Brown indica um crescimento de 50% de awareness dessa marca após o evento. E ainda reciclaram copinhos! Tudo muito bonito.

Mas, vamos imaginar o seguinte: se o custo para lançar mil cópias de um disco é de R$ 10.000,00 essa mesma marca poderia ter "patrocinado" o lançamento do disco de 2 mil dos melhores músicos do país e do mundo com essa mesma verba. Seriam 20 milhões de unidades de CD´s de música boa nas lojas físicas e virtuais. Algo do tipo, mais de setenta artistas de cada estado do Brasil teriam seus CD´s gravados e lançados. Nada mal heim?

Agora, pense em proporções menores, se a sua empresa, em vez de pagar 180 mil reais e contratar a Anitta para fazer o show da festa de fim de ano, levasse uma banda de baile que custasse quinze mil e investisse o resto em cultura... o que daria pra fazer, se a responsabilidade social fosse uma verdade independente da redução de impostos?

Agora, se você ainda prefere o show da Anitta por achar mais "motivador", não sei como passou do segundo parágrafo.

Viva o Brasil! Viva a cultura brasileira! Viva nossa música e nossos músicos! It´s Brazilian music, baby!


por Ney Neto

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Música em Eventos - Envolva seus participantes através da música

Música pode ajudar a dar vida a reuniões e eventos e gerar maior envolvimento dos participantes.

por Michael Pinchera
tradução Ney Neto

O fundador da empresa Australiana Song Division, Andy Sharpe, liderou uma sessão na última edição do IMEX, em Frankfurt, com o obetivo de compartilhar formas práticas de usar a música para aumentar o sucesso dos eventos.

Confira abaixo a entrevista com Sharpe publicada na sessão blogs (Your Industry) do site www.mpiweb.org

Um forte abraço,

Ney Neto


One+: O que te inspirou a começar a discutir com profissionais da indústria o poder de transformação da música nos eventos?
ANDY SHARPE: Não há treinamento para os profissionais sobre como utilizar música para realizar um grande evento. Tocar a música certa na hora certa pode ajudar você a criar conexões emocionais entre seus participantes, a organização, seu conteúdo e entre cada um. Mas música normalmente é algo que "pensamos depois". Assim como a comida e a decoração, isso precisa de atenção! O time da Song Division e eu temos projetado música para eventos ao redor do mundo por 10 anos, por isso estou ansioso por compartilhar essa experiência no IMEX em Frankfurt.

One+: Quis são alguns erros generalizados cometidos pelos profissionais em relação a músia em eventos? Qual a forma mais fácil de superá-los?
AS: Um erro comum é deixar a música para alguém que não conhece o seu público. Pedir para o cara do som que você conheceu minutos antes para tocar algo de seu iPhone pode não arruinar o dia, mas provavelmente não irá te ajudar a atingir os objetivos do evento. Você conhece seu público e pode colocá-los no estado emocional certo - bombando para um kick-off de vendas, relaxando o público antes de uma renuião de stakeholders possivelmente quente ou preparar a festa para o jantar de gala. Peça ajuda aos seus colegas salvadores em música, simplesmente não deixe isso para um completo estranho e no último minuto.
Outro grande erro é não ensaiar. Seja música mecânica ou banda ao vivo, ensaie a música que será tocada quando as portas da plenária se abrirem, quando o CEO subir ao palco ou durante o jantar. Sente-se em diferentes pontos da sala para ter certeza que o volume está apropriado. Se é música de fundo, tenha certeza de que todos conseguem falar sem esforço. Se é o grande número de abertura, certifique-se de que ocorra o impacto sem estourar os tímpanos do público na fila da frente.

One+: Quais são as inovações em audio que você tem visto recentemente?
AS: Eu acho que a inovação mais empolgante em audio são os serviços musicais baseados em subscrição, como Spotify e Rhapsody. Ao invés de comprar CD´s ou pagar por músicas no iTunes, você paga uma assinatura do Spotify por exemplo de USD9,99 por mês e tem acesso ilimitado a mais de 20 milhões de músicas.
Algumas pessoas tem elogiado o novo Mumford&Songs, você digita no aplicativo de seu telefone e está instantaneamente em sua coleção. É uma ótma ferramenta para os profissinais de eventos - você pode montar suas próprias listas para os próximos eventos e compartilhar com colegas online, que podem acrescentar suas sugestões.
Infelizmente, tocar músicas diretamente do app Spotify durante o evento real ainda é uma questão nublada do ponto de vista dos direitos autorais sobre a reprodução. Então, para errar para o lado da precaução, você ainda tem que comprar as músicas finais que decidir usar via iTunes ou similar.

Link Original site MPI